terça-feira, 26 de julho de 2016

Almanaque de julho de 2016- 5ª edição nº 62 -







I - Afinal, pra que servem as prefeituras? 

Férias de julho, época de descansar para alguns. Já para outros, uma boa oportunidade para o lazer. Assistir bons filmes, ler um livro, ir a um concerto, peças de teatro, viajar... 
Passamos alguns dias na chácara e, naturalmente aproveitamos o ar puro, o canto dos pássaros e outras delícias da natureza. Mas, a vida é feita não só de boas surpresas. Existe, também, o tão falado "outro lado da moeda". Naquela região, de poucas moradias e muita vegetação, ocorrem com frequência chuvas torrenciais e vendavais. Meses atrás, durante um temporal, árvores enormes caíram no jardim e no pomar.  Uma delas atingiu parte do telhado da nossa casa e  outras ficaram instáveis ameaçando atingir a fiação elétrica. A chácara está situada num pequeno condomínio, então, caso essas árvores tombassem, certamente todos os condôminos  ficariam sem energia elétrica. Sim, é claro que lá, todos nós pagamos impostos. E como! Inocentemente, durante semanas, pedimos ajuda à prefeitura, pois era necessário usar escadas e serras especiais.  Mas, na hora de reinvindicar direitos... A prefeitura passa a bola para os bombeiros que imediatamente chutam para a Eletropaulo que devolve para a prefeitura. Ah!  É bom pedir licença antes e se você fizer isso, ou seja, pedir licença para remover uma árvore em vias de desabar, a regra é clara: Para cada árvore removida, você é obrigado a plantar 25. Não, nós não temos uma fazenda, é só uma pequena chácara.
Duas perguntas: os madeireiros, desmatadores, comerciantes  ilegais, esses também são obrigados ao mesmo procedimento? E cumprem?
E assim, nada conseguimos junto aos órgãos públicos. Felizmente, pessoas solidárias apareceram para nos ajudar e juntos, com imensa dificuldade, começamos a remover troncos e galhos espalhados por todo jardim. Trabalhando cinco ou seis horas por dia, conseguimos serrar e separar torinhas aproveitáveis para abastecer o fogão à lenha. Reciclar é preciso. Os troncos maiores serão utilizados para belas esculturas, brinquedos, banquinhos e tudo mais que nossa imaginação inventar.  
Ainda tem madeira à beça por lá. Quem se habilita?




E no meio do caos, desabrocham as azaleias e camélias. Afinal, é o tempo delas.

Regina Sormani

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II -Trovadores.com





A palavra de julho é LAZER






Vou agora lhes contar
Dizer qual é meu lazer
Numa rede espreguiçar
E um bom livro pra ler

Maria Bergallo








Na prova de Português
troquei laser por lazer.
Oh! bendita estupidez:
    Estou sem o que fazer! ...

Angela Leite





Tenho saudades dos dias
Sem nada para fazer
Sem tantas burocracias
Com tempo livre e lazer

Laura Bergallo






Já chegou o mês de julho,
Tenho tanto a fazer!
Meu vizinho faz barulho
e atrapalha meu lazer.


Nilza Azzi





O meu lazer preferido,
É simplesmente sonhar.
Um sonho já definido:
Para sempre te amar!

Nilza Sormani






Lazer é  poder cantar,
Mergulhar na alegria.
  Respirar, amar, trovar...
Inovando a cada  dia.

Regina Sormani


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III-  Arte






Entardecer na chácara - Óleo sobre cartão preparado. Arte de Gilberto Marchi



2 comentários:

  1. Essa historia da chácara mostra o desprezo dos orgãos públicos c/os pagadores de impostos e mto bem pagos. Q se dane o povo....é revoltante. Então a palavra chave - Lazer - cabe bem ai, isto é, a coleta dos troncos espalhados pela propriedade torna-se o "LAZER'obrigatório...goste ou nao goste...possa ou não possa. Isto é nosso Brasil...q pena

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  2. Verdade, amiga! É a falência dos órgãos públicos, que na verdade deviam se chamar CABIDES DE EMPREGO.....

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