I - Baile no celeiro
Certa vez, minha mestra Maria De Rosa comentou que Agudos, nossa terra natal, era um celeiro de emoções. Concordo plenamente e queria completar que ali também vivi situações alegres, inusitadas. divertidas ,,,, num celeiro de verdade. Minha irmã Thelma Sormani Travain, lecionou durante anos na fazenda Cabreúva. Num sábado à tarde, fomos convidados para uma festa em comemoração ao casamento de uma mocinha parente do administrador. E lá fomos nós: eu, meus sobrinhos Carlinhos e Thelminha, meu querido cunhado JoãoTravain e sua esposa, minha irmã, a professora Thelma. Festança das boas! Depois da cerimônia do casamento e da comilança, nos encaminhamos para o celeiro, um salão improvisado,onde iria acontecer o "arrastapé". O sanfoneiro e o violeiro já estavam a postos, em pé, agarrados aos seus instrumentos nos fundos do celeiro, enquanto o povo chegava. Era gente que não acabava mais, vinda das fazendas vizinhas. O celeiro fervilhava de tanta animação e muita poeira. Eu e meus sobrinhos, crianças ainda, olhávamos tudo boquiabertos. Era muita novidade... De repente alguém gritou:
- A noiva chegou!
A noiva entrou no salão improvisado, ainda vestida de branco, arrastando o noivo meio encabulado. Imediatamente, os músicos começaram a tocar alguma coisa que parecia uma valsa, talvez fosse, o importante era comemorar. O povo invadiu o salão com energia. Todos queriam chacoalhar o esqueleto. Notamos que ao lado da porta de entrada do celeiro havia se formado uma fila de cavalheiros, aliás, fila comprida mesmo. Esperavam por alguém. Uma dama! Devia ser uma caboclinha formosa...
Meu sobrinho Carlinhos me deu um cutucão.
- Fila pra quê?
- Pra dançar com a moça mais bonita da festa, eu acho - respondi.
Ele deu uma boa gargalhada, apontando com o dedo:
- Olha lá! Olha lá! A moça bonita chegou!
Para nossa surpresa, a cabocla Jupira não era, nem de longe um modelo de formosura. Muito magra, canelas fininhas, era vesguinha, sardenta, sorriso aberto, boca pintada de vermelho, mas, poucos dentes. Com seu cabelão cacheado e revolto emoldurando um rostinho esperto, Jupira arrasava na pista de dança. Os cavalheiros chegavam a discutir entre si, pela honra de dançar com ela. As outras mocinhas, enciumadas, cochichavam pelos cantos, com inveja do sucesso da cabocla Jupira.
Moral da história: "em baile no celeiro, não importa a aparência.só quem tem competência de verdade não toma chá de cadeira".
Beijos para todos,
Regina Sormani
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II - Trovadores.com
-A palavra de junho é NOVIDADE-
Que tal se a novidade
nesta era de mesmice,
fosse uma nova idade,
sem infância nem velhice?
nesta era de mesmice,
fosse uma nova idade,
sem infância nem velhice?
Angela Leite de Souza
No Arraiá, todo enfeitado
qual a grande novidade?
- Encontrei um namorado
que faz tudo que me agrade.
qual a grande novidade?
- Encontrei um namorado
que faz tudo que me agrade.
Nilza Azzi
Quando você vai embora,
Isso não é novidade.
O meu coração chora,
Quase morro de saudade.
Isso não é novidade.
O meu coração chora,
Quase morro de saudade.
Maria Bergallo
Sabe qual a novidade?
Estou sempre a recordar.
Comigo mora a saudade
dos tempos de namorar.
Nilza Sormani
" Novidade nesta vida
É contentar todo mundo
Gente mal-agradecida
Surge a cada segundo"
Laura Bergallo
Tem sempre uma novidade
Surgindo a cada hora...
Mas eu, com sinceridade,
Prefiro os tempos de outrora.
Regina Sormani
Inovar é fundamental,
a novidade é muito boa.
Mas sem um pé no essencial,
tornamo-nos gente à toa.
Fabia Terni
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III - Festa Junina
Todo ano, para encerrar as aulas do primeiro semestre, nossa querida professora de condicionamento físico, a Pilar, organiza uma gostosa festinha junina. Agradeço à amiga Laura Angelim que, gentilmente, me enviou estas fotos. Nossa reunião aconteceu dia 24 de junho, quarta-feira, pela manhã e foi um sucesso.
Mesa farta, música alegre e muita alegria.
Parabéns, Pilar!!! Você é demais.
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IV - Arte -
Retratos de
Personalidades
Sr.Theobaldo de Nigris
Ex-presidente da Fiesp
Um abraço a todos,
Gilberto Marchi
Adorei este almanaque, parabéns a todos! Gostei muito das trovas deste mês, em especial as que falam do passado. Quando puderem, conheçam João Seresteiro no face. Também gostei muito da história da Jupira. Marchi, parabéns pelo retrato. Estudei no Senai Theobaldo DeNigris dos 14 aos 16 anos, foi esses dias, rs. Faz tão pouco tempo que a profissão hoje só existe em cidades do interior e bem raro, tipógrafo.
ResponderExcluirOi, Danilo! Vc estudou tipografia, que legal.Tínhamos uma bela tipografia em Agudos, eu adorava mexer nos tipos de impressão, para desespero do meu pai.... Bons tempos!!!
ResponderExcluirAdorei o blog! Parabéns a todos!
ResponderExcluirQue bom que vc gostou!!!!!
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