sábado, 16 de fevereiro de 2013

Almanaque de fevereiro de 2013- 2ª edição nº 22 -


I - Qual é sua marchinha preferida?


Olá, minha gente!!!!

A maioria das pessoas com quem conversei tem na ponta da língua a sua marchinha do coração.
Desde muito pequena, lá na querida Agudos, minha mãe me levava para assistir  e dar meus pulinhos durante as tardes de Carnaval Infantil, no saudoso e inesquecível Agudos Tênis Club. Nessa foto, faço pose com minha linda fantasia de Bailarina Russa que me rendeu um honroso primeiro lugar no concurso de fantasias infantis.
Nessa época, aprendi a gostar de ouvir e  de cantarolar as marchinhas de carnaval. Minha favorita era Chiquita Bacana. Minha mãe, dona Marina, toda orgulhosa chegou a me levar até a rádio local e eu, na maior inocência e descontração cantei e repeti a tal marchinha. Acreditem, foi um sucesso.  Bons tempos!!! 
Bjs mil,
Regina Sormani

Chiquita Bacana

( Braguinha e Alberto Ribeiro)

Chiquita Bacana lá da Martinica
Se veste com uma
Casca de banana nanica.

Não usa vestido, não usa calção;
Inverno pra ela é pleno verão.
Existencialista (com toda razão!),
Só faz o que manda o seu coração.



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II -  Trovadores.com

A palavra do mês de fevereiro é FESTA




Só de passagem te vejo,
pra mim é sempre uma festa.
Satisfazendo o desejo,
mesmo de forma modesta.

Fabia Terni



Dançam através da fresta
grãos de poeira dourada.
Porém, para essa festa
quando serei convidada?

Angela Leite de Souza




Comemorar a alegria,
desta festa popular...
Carnaval é só folia, 
não vale a pena chorar!!!

Nilza Sormani




"Mesmo com todas as dores
Que fazem franzir a testa
Sempre restam os amores 
Transformando a vida em festa". 


Laura Bergallo.



Há quem adore essa festa.
Carnaval, é bom brincar! 
Mas, ela é indigesta, 
eufórica e secular.



Nilza Azzi




Quem pensa que a vida é festa,
passa longe da verdade.
A vida se manifesta
vivenciando a realidade.

Regina Sormani


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III - Ai! Que medo!


A casa tinha uma espécie de porão, ao qual se chegava por uma portinhola situada logo acima do piso acimentado onde a residência se erguia. Como esta portinha não tinha mais do que sessenta centímetros de altura, nenhum adulto se atreveria a tentar passar por ela. Já as crianças... não só foram explorar o tipo de porão, como também o elegeram “Clube da Cambada”. Era lá que se faziam as reuniões da turma quando o assunto era “Proibido para maiores”.
Havia regras restritas para o uso do clube: nada de estranhos, nada de adultos; só se podia entrar quando não houvesse olheiros por perto; a porta tinha que ser mantida fechada, só sendo aberta exclusivamente para permitir a entrada ou a saída dos sócios.
- Mas como seria possível respirar lá dentro?
Na fachada da casa, à altura do chão, havia uma grade de 30 por 40 centímetros, que permitia uma entrada parcimoniosa de ar...Por isto, dependendo do número de presentes, as reuniões só podiam durar, no máximo, de vinte a trinta minutos, a menos que se deixasse a portinha entreaberta, o que já se sabe que era proibido... (repararam no “exclusivamente” do segundo parágrafo?).
Conseguiram levar para o Clube um caixote que servia de mesa, meia dúzia de tijolos que viraram assentos, uma vela, uma caixa de fósforos e dois pares de semáforas. Todos os sócios aprenderam a linguagem semafórica e assim passavam mensagens, como os escoteiros quando se comunicam à distância.
O problema se deu quando um dos sócios esqueceu de fechar a portinha, quando saiu do clube. A princípio, ninguém notou nada, mas, quando a ninhada nasceu, o primeiro que entrou no clube no início da noite, ouviu uns ruídos indefinidos. Ele tinha ido buscar o Manual do Escoteiro, pois não tinha ainda decorado o alfabeto de semáforas.
Na escuridão do porão, qualquer ruído tomava proporções assustadoras. Com o medo que deu nele, não encontrou a caixa de fósforos e acabou dando o grito fatídico:
- Ai! Que medo! 
Foi o bastante para a gata, que estava tentando acomodar seus cinco filhotes no vão da grade de respiro do clube, assustada, passar pelas pernas do não menos assustado sócio. 
O menino saiu apavorado do porão, espalhando por toda a redondeza, que tinha sentido a presença de um fantasma no Clube.
Adeus Clube da Cambada, agora proibido para maiores e... para menores. Só ficou dele uma vaga lembrança na memória de quem o frequentou...

Mariluiza Campos



A escritora Mariluiza Campos é associada da AEILIJ paulista


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IV- Teatro  de Bonecos



Teatro de bonecos "O  Ovo Azul da Galinha Rosa" do meu livro publicado pela Paulus
 no Espaço Ridell


Contadora de histórias Nice Lopes  e eu na agradável companhia dos  pequenos leitores durante a Bienal do Livro. Estande da Cortez


Autografando na Bienal. Estande da Cortez



Nice interpretando a personagem Tonha do meu livro" Quem tem medo do porão"? da Cortez



Nice. a Borboleta Bela e o sapinho Quico na peça infantil "A Borboleta Bela e a Rosa Amarela" do livro das Paulinas. Escola Roberto Norio.


"A Borboleta Bela e a Rosa Amarela" na Biblioteca Chácara do Castelo
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V- Poesia


A bailarina


Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.

Cecilia Meireles




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